Por isso, a pauta dos transportes foi apenas uma fagulha. A insatisfacao da população vem de muito tempo. Remonta os últimos 20 anos de melhorias sociais. A implantação do Plano Real conteu a hiperinflação. O Bolsa família reduziu drasticamente o numero de miseráveis. A politica econômica do governo Lula garantiu uma taxa mínima de desemprego, o que possibilitou o credito fácil e o crescimneto do consumo. Todas essas conquistas não foram acompanhadas, no entanto, de um aprofundamento de mudanças estruturais. A educação continua abandonada. A saúde pública continua um serviço de péssima qualidade. E os transportes idem. Essa exclusão de direitos sociais geraram uma indignação há muito contida na garganta da população. A eleição de um governo popular não alterou a relação de forças econômicas.
A vida dos pobres tem melhorado, mas não o seu lugar na estrutura; são pobres, comem melhor, vestem-se melhor, mas o seu lugar estrutural continua sendo a precariedade, que hoje se manifesta no transporte, dentre outras coisas.( Brasil de Fato, entrevista com Raúl Zibechi).
Nesse cenário de insatisfação, o aumento da tarifa foi o estopim para a população.
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